Na sexta-feira passada, 12 de Outubro, o Meu Mercedes esqueceu-se da humanidade. Entrei num bloco de fumo com pessoas ao meu redor. Lá em cima estava repleto de silhuetas e lá desci para assistir ao espectáculo que tanto ansiava. Só os tinha ouvido pelo space e mal conhecia o trabalho dos portugueses. Um foco de luz apontava a parede e de repente, imagens declaravam-se donas daquela dimensão. Tudo se apagou. Biarooz no palco desfocou-se enquanto que das imagens faziam-se filmes ao som de uma banda sonora que lhes prestava homenagem. As pessoas que lá estavam tentaram quebrar o cordão que me ligava àquele universo. Falta de civismo, de respeito e acima de tudo, de sensibilidade. A maioria esqueceu-se que o Meu Mercedes era Biarooz naquele instante vagaroso. A inocência das teclas irromperam todo o ambiente enquanto que o ritmo aqueceu lentamente. A guitarra era a história de um livro e o baixo a caligrafia. Afirmo sem medo que não desapontam. Para quem quiser conhecê-los, deixaram disponível no site oficial a primeira longa inspiração, o álbum “atraso”, de 2007. É só descarregar.
Biarooz
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