quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Anathema escolhem músicas a dedo para Hindsight



De regresso a casa, depois de algum tempo de férias gozado, tive a oportunidade de ouvir, após alguma curiosidade instalada pela entrevista aos Anathema na Loud de Agosto, o trabalho mais recente que compila alguns dos temas que considero por diversas razões parte dos melhores desta grande influente banda.
Hindsight apresenta uma capa vermelha e um microfone desfocado, uma capa simples num álbum acústico simples. A primeira das sete músicas que compõem o álbum, Fragile Dreams, aparece aqui limpa acompanhada por linhas de violoncelo e violino. Quanto ao facto de serem sete músicas e não outro total de faixas, não sei se estará associado à sensibilização de uma realidade espiritual de Danny Cavanagh e a uma forma optimista de rever o mundo. Embora os que acompanham os britânicos desde a sua formação até aos dias de hoje pensarem que os Anathema traíram as raízes death/doom metal e cada vez mais se afastam delas, os Anathema não se arrependem do passado mas confiam num futuro diferente e maduro, não têm medo de enfrentar um público que só aguarda temas que exigem guturais. Há quem partilhe a ideia de que é um álbum que ajudou para juntar mais massa nos bolsos. Particularmente não me importo , no caso de ser verdade, depois de ter degustado vezes sem conta músicas que revelam trabalho e alma de quem parece tocá-las com sentimento, será impossível recusar tudo o que Hindsight faz re-sentir. Danny, na entrevista, responde que a venda de Hindsight vai ajudar financeiramente nos custos do próximo álbum que sai ainda este ano. O tão aguardado.

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