O roubo da ovelha: uma curiosa forma de protesto
Já muito se debateu sobre fim anunciado da indústria discográfica. Talvez os Radiohead, com a polémica campanha de lançamento do último álbum, tenham ditado o ano zero de uma nova era para este mercado onde passa a ganhar quem vende mais barato ou quem não pede dinheiro em troca.
A questão dos downloads ilegais é uma realidade e a solução aparece mascarada de hipocrisia. Inverter a situação actual regredindo para um passado onde as editoras lucravam e os músicos e os compradores eram os mais prejudicados parece-me inviável e ingénuo.
Que as editoras façam campanhas, por se sentirem ameaçadas, contra quem descarrega música na Internet é-me compreensível. Afinal de contas durante muitos anos esse foi o sustento de grandes empresas que viviam dos lucros e do suor da criação de quem nada percebia do negócio. Agora ver bandas que ainda são enganadas por essas fábricas de lançamento em série que buscam a "next big thing" roça a ignorância.
Os Enslaved protagonizaram no mês passado um episódio caricato ao roubarem uma ovelha a Lars Sponheim, líder do partido Liberal Party, pró-liberalização de downloads ilegais.
Dois membros da banda norueguesa participaram num sketch televisivo patrocinado pela "Piracy Kills Music", uma campanha contra os downloads ilegais, cujo alvo era entrar na propriedade de Sponheim e roubar uma ovelha.
A tentativa de comparar alguém que saca um álbum na Internet com um criminoso incapaz de viver em sociedade é pura demagogia. Essa bandeira é usada como cortina de fumo pelas editoras que, apesar de culparem terceiros, acabaram elas mesmas por viciar e acabar com uma industria que já não correspondia às necessidades de um público cada vez mais democratizado e independente.
Este episódio não é um argumento válido para quem já percebeu que a música deixou de se vender, mas não deixou de se ouvir. Insistir na ideia de que descarregar música é crime é ignorar o facto de que a solução não está na condenação de quem procura música, mas sim na optimização dos recursos que a fazem chegar até nós.
vídeo do roubo da ovelha aqui
Já muito se debateu sobre fim anunciado da indústria discográfica. Talvez os Radiohead, com a polémica campanha de lançamento do último álbum, tenham ditado o ano zero de uma nova era para este mercado onde passa a ganhar quem vende mais barato ou quem não pede dinheiro em troca.
A questão dos downloads ilegais é uma realidade e a solução aparece mascarada de hipocrisia. Inverter a situação actual regredindo para um passado onde as editoras lucravam e os músicos e os compradores eram os mais prejudicados parece-me inviável e ingénuo.
Que as editoras façam campanhas, por se sentirem ameaçadas, contra quem descarrega música na Internet é-me compreensível. Afinal de contas durante muitos anos esse foi o sustento de grandes empresas que viviam dos lucros e do suor da criação de quem nada percebia do negócio. Agora ver bandas que ainda são enganadas por essas fábricas de lançamento em série que buscam a "next big thing" roça a ignorância.
Os Enslaved protagonizaram no mês passado um episódio caricato ao roubarem uma ovelha a Lars Sponheim, líder do partido Liberal Party, pró-liberalização de downloads ilegais.
Dois membros da banda norueguesa participaram num sketch televisivo patrocinado pela "Piracy Kills Music", uma campanha contra os downloads ilegais, cujo alvo era entrar na propriedade de Sponheim e roubar uma ovelha.
A tentativa de comparar alguém que saca um álbum na Internet com um criminoso incapaz de viver em sociedade é pura demagogia. Essa bandeira é usada como cortina de fumo pelas editoras que, apesar de culparem terceiros, acabaram elas mesmas por viciar e acabar com uma industria que já não correspondia às necessidades de um público cada vez mais democratizado e independente.
Este episódio não é um argumento válido para quem já percebeu que a música deixou de se vender, mas não deixou de se ouvir. Insistir na ideia de que descarregar música é crime é ignorar o facto de que a solução não está na condenação de quem procura música, mas sim na optimização dos recursos que a fazem chegar até nós.
vídeo do roubo da ovelha aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário