terça-feira, 18 de agosto de 2009

Vídeo de Devin Townsend em estúdio e alinhamento do novo álbum



Não há forma de falar deste génio sem ser parcial. Devin Townsend é assumidamente uma das minhas maiores influências e por isso falo na primeira pessoa. Prontinho a lançar o segundo álbum, da sequência de quatro que prometeu, Townsend foi adiantando mais alguns pormenores.

Em «Addicted» vai dividir as vozes com Anneke vans Giersbergen na totalidade do álbum e não numa participação especial em apenas uma música como vinha a ser anunciado. O resto da formação conta com Ryan Van Poederooyen na bateria, Brian Waddell no baixo e Mark Cimino na guitarra. O músico canadiano referiu que este novo trabalho anda muito perto daquilo que fez em «Ocean Machine», «Accelerated Evolution» ou mesmo em Physicist.

Entretanto foram lançados alguns vídeos no Youtube, nomeadamente o da gravação das vozes para uma das novas músicas







Alinhamento de «Addicted»:

01. Addicted
02. Universe In A Ball
03. Bend It Like Bender!
04. Beautiful Crush
05. Hyperdrive
06. Wild Hearts
07. Ih-Ah!
08. The Way Home
09. Numbered
10. Souls Awake!
11. Om

Novo single de Alice in Chains em escuta

O novo single dos Alice in Chains, «Check My Brain» já circula pela net.

O regresso da banda de Seattle aos lançamentos está marcado para dia 26 de Setembro. «Black Gives Way to Blue» é o primeiro álbum com William DuVall na voz. O novo vocalista entrou para a banda em 2005 com a difícil tarefa de substituir Layne Staley, que morreu em 2002, resultado do uso abusivo de drogas duras.

ouvir «Check My Brain»

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vertigo Steps: videoclip online

O videoclip oficial do tema «Fire Eaters» dos Vertigo Steps está finalmente online. Segundo o comunicado da própria banda o vídeo pode ser visto no Youtube.

ver vídeo


www.myspace.com/vertigosteps
www.vertigosteps.com

ThanatoSchizO lançam vlog das gravações do próximo álbum

Os ThanatoSchizO disponibilizaram na sua página oficial de Youtube a primeira de uma série de vídeo-reportagens da gravação do quinto álbum. O sucessor de «Zoom Code» está a ser gravado no Teatro de Vila Real e nos Blind and Lost Studios.

O processo de gravação do tema RAWoid, que é uma mistura de RAW, do primeiro álbum, e da música Void, do terceiro, será distribuído por uma série de vídeo reportagens.

Neste primeiro vídeo vê-se a captação da bateria.



www.myspace.com/thanatoschizo
www.thanatoschizo.com

sábado, 15 de agosto de 2009

Anneke van Giersbergen no estúdio de Townsend

A ex vocalista dos The Gathering viajou até ao Canadá para uma troca de colaborações com Devin Townsend. O resultado será a presença tanto de um como de outro nos novos álbuns dos dois músicos.

vídeo do primeiro dia de gravações


www.myspace.com/devintownsenddtb
www.myspace.com/aguadeannique

Alcest em estúdio a preparar segundo álbum


DR

Os Alcest estão a gravar o segundo álbum desde o dia 27 de Julho. Durante três semanas Neige, o multi-instrumentista responsável pelo projecto, vai captar as composições no Klangschmiede Studio E, com Markus Stock, que depois seguem para o French Drudenhaus Studio, em Setembro, para mistura e masterização.

O sucessor de «Souvenirs D'Un Autre Monde», ainda sem nome, vai ter a duração de 55 minutos repartidos por seis músicas, onde se incluem novas versões dos dois temas do EP «Le Secret»



www.myspace.com/alcestmus
www.alcest-music.com

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Reportagem Vagos Open Air 2009 (vídeo)


O ano de 2009 é sem dúvida um dos de maior oferta de sempre no que toca a festivais de Verão dedicados ao metal em Portugal. A primeira edição do Vagos Open Air optou pela vertente mais melódica do género e, entre outras, levou à Lagoa de Calvão bandas como Katatonia, The Gathering, Cynic, Dark Tranquillity ou Amon Amarth.



vídeo: entrevista The Gathering
vídeo: concertos Vagos Open Air 2009

Katatonia: banda de estúdio?


Pela terceira vez em Portugal os Katatonia despertaram a curiosidade dos fãs no sentido de tirar as teimas, de uma vez por todas, quanto à qualidade das sua actuações. Ainda que não tenha sido um mau concerto, e apesar de se ter assistido a um Jonas Renske mais comunicativo do que nas passagens anteriores, a verdade é que os suecos não conseguem transpor o brilhantismo das produções dos álbuns editados para cima de um palco, o que acaba por acentuar a ideia de que o habitat natural dos Katatonia é possivelmente o estúdio. Enquanto tocavam temas como «Ghost of The Sun», «My Twin», «July», «Teargas» ou «Evidence», música que fechou, foi possível assistir a algumas hesitações do baterista Daniel Liljekvist, que nos álbuns executa um trabalho de bateria irrepreensível. De referir ainda alguns problemas de som, que nada ajudaram a banda. Estes pormenores não fizeram de todo com que o público se retraísse. A recepção foi a melhor, resultado de uma vasta legião de fãs angariada ao longo dos anos no nosso país.

Há vida para além de Anneke

Numa noite de tira teimas, os The Gathering passaram o teste com nota máxima. Depois da saída de um elemento fulcral na história da banda, a estrutura nuclear passou por alguns momentos de aflição, mas nunca se pôs em causa a hipótese de cessarem funções, como explicou Hans Rutten (baterista) em entrevista ao acordes de quinta. Silje Wergeland conseguiu ocupar o lugar deixado por Anneke van Giersbergen e cumpriu muito bem a sua missão em palco. Apesar de todas as comparações que possam advir desta mudança, a verdade é que não aconteceu por vontade dos The Gathering, louvando-se assim, mais uma vez, a remodelação e a vontade de continuar. Numa actuação apoiada essencialmente no último álbum «The West Pole», do qual tocaram «When Trust Becomes The Sun», «No One Spoke», «A Constant Run», «The West Pole» e All You Are», fizeram ainda um regresso ao passado para apresentarem «On Most Surfaces», «Analog Park», «Leaves», «Even The Spirits Are Afraid», «Great Ocean Road», «Saturnine» e «Travel», interpretadas à altura por Silje. Mais do que o alívio por parte dos fãs, que podem contar com uma vocalista que cumpre o papel que lhe é destinado, apesar de todas as comparações que possam ser apontadas, é ponto assente que os instrumentistas e os compositores continuam a ser os mesmos e que estão ainda no mais alto nível.

No primeiro dia do festival tocaram ainda os Epica, Kathaarsys, Process of Guilt e F.E.V.E.R, que não conseguimos apanhar por não nos ter sido possível chegar ao recinto mais cedo.

Para ver os vídeos de cada banda individualmente clicar na opção on demand no player


Amon Amarth: Vikings invadem terra de Cruzados

Os Amon Amarth são uma banda ao vivo por excelência. Johan Hegg e companhia encarnaram o espírito viking durante cerca de hora e meia e transformaram uma plateia de latinos numa espécie de guardiães das terras gelados do norte. No metal há também aquelas bandas às quais é inerente toda a componente teatral, onde os membros suportam uma personagem que passa da temática lírica dos álbuns para o espectáculo de palco. É essa linha que os Amon Amarth seguem, para além de serem músicos exímios e muito competentes. A banda fez jus ao título de uma das melhores bandas de metal ao vivo e fez com que o concerto em Vagos tenha sido um dos melhores do festival. Do alinhamento fizeram parte «Death In Fire», «Victorious March», «Cry Of The Black Birds», «Guardians Of Asgaard» e a inevitável «The Pursuit Of Vikings».

Dark Tranquillity dão concerto memorável


Também da Suécia, os Dark Tranquillity, ao contrário da ideia de que são uma banda fraca em palco, surpreenderam com um concerto soberbo. Mikael Stanne numa forma incrível, com os graves e mesmo com a voz limpa no seu melhor, fez-se acompanhar pelo resto da banda no mesmo nível. Nem mesmo os problemas que tiveram em «Punishment My Haven», uma das músicas mais aguardadas pelos fãs, que os obrigou a interromper e a começar do início, arruinou a actuação dos suecos. Um concerto memorável que agarrou a plateia por completo. Para a posteridade ficam temas como «The Treason Wall», «Lost To Apathy»,«The Lesser Faith», «Therin», «Focus Shift», «The Wonders at your Feet», «Final Resistance» ou «Terminus».

Cynic: presenciar a história recente do metal ao vivo

Não há dúvida de que os Cynic são uma das maiores bandas de culto no espectro do metal. Percursores de um género e respeitados pela herança que deixaram depois de «Focus» foram sempre solicitados para um regresso. Com o lançamento do segundo álbum em 2008, a passagem para os palcos acabou por ser algo de natural. Em Vagos foi possível presenciar a história mais recente do metal ao vivo. Músicos de eleição que não se deixaram levar pelos problemas de som no início do concerto e a quem não se consegue apontar uma falha que seja. A banda de Paul Masvidal e Sean Reinert tocou quase na totalidade os dois álbuns de estúdio e demonstrou que o hiato de quase 15 anos entre gravações não precisa de se repetir.

No mesmo dia tocaram Echidna, Thee Orakle e Dawn Of Tears, que também não conseguimos apanhar, à excepção dos Thee Orakle de quem ainda conseguimos recolher algumas imagens em vídeo do concerto.

Vagos Open Air 2009: vídeos dos concertos

Para ver os vídeos de cada banda individualmente clicar na opção on demand no player



vídeo: entrevista The Gathering

Vagos Open Air 2009: entrevista comThe Gathering



vídeo: concertos Vagos Open Air 2009

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Reportagem Festival Guadalest (vídeo)

De regresso a Portugal, e depois de umas férias merecidas, trazemos na bagagem as recordações que sobraram da pequena vila de Guadalest, no sul de Espanha. Na segunda edição do Festival de Guadalest houve calor, belas paisagens e acima de tudo boa música.

Primeiro dia

Num recinto ainda com poucas pessoas os espanhóis Quid Rides? inauguraram o festival. O evento posiciona-se numa linha definida entre o stoner rock e o psicadélico e é no primeiro subgénero que a banda aposta. Pouco deu para mostrar na meia hora que tocaram, no entanto serviram como uma espécie de trombeta de chamamento para avisar e chamar os que ainda não tinham percebido que o festival já tinha começado.

Até à entrada dos Colour Haze, o primeiro dia foi essencialmente marcado por bandas espanholas. Antes dos germânicos tocaram os Moön, Dixon II, Mater Dronic e os Traummaschine & Beiruth. Nas actuações das bandas anfitriãs destaca-se a opção pelo uso de duas baterias por parte dos Dixon II e pelos Traummaschine & Beiruth, que apesar da boa intenção acaba por, em certos momentos, resultar num som meio embrulhado e confuso. De qualquer forma, e apesar das referências de qualquer uma delas remeter para um imediato deja vú, premeia-se a atitude e a forma como encaram o palco. O clássico de Iggy and the Stooges, «TV Eye», teve curiosamente direito a duplo airplay pelas mãos dos Moön e dos Dixon II.

Colour Haze fecham em grande a primeira noite

Depois da insólita espera dos Colour Haze para iniciar o concerto, que aguardavam já em palco, prontos para tocar, que um performer acabasse o seu espectáculo, percebeu-se qual era a banda por quem o público esperava. Pela primeira vez a tocar em Espanha os alemães deram aquele que foi o concerto da noite. Stefan Koglek, o comandante do barco, ainda que não o tivesse que o fazer, provou aos presentes as suas capacidades técnicas, que se esbatem quando a matriz seguida é a melodia das suas composições. Escusada foi a repetição de que estava cansado, facto esse que o impedia de tocar mais, como justificou. De qualquer forma a memória que ficou em cada um dos que presenciaram o concerto acaba por, a longo prazo, apagar esse pormenor.



Segundo dia: Earthless ressuscitam espírito do rock

O dia que se seguiu, francamente mais forte do que o primeiro, teve como ponto alto a banda que fechou o festival. Os Earthless ressuscitaram em Guadalest o espírito do rock de guitarra puro e duro. Durante cerca de duas horas e meia o guitarrista Isaiah Mitchell, suportado por uma secção rítmica irrepreensível, despejou os solos de guitarra, que para os mais desatentos poderia suscitar a ideia de que estava a improvisar, mas no entanto manteve-se sempre fiel às gravações de estúdio. Depois de dois encores, sobretudo motivado por um pequeno grupo de portugueses, que rumaram do norte de Portugal até à pequena povoação, quase que se podia ver o sol a nascer. Só não chegou mesmo a acontecer porque os norte-americanos tinham um voo para apanhar.

Witchcraft: «Buenas noches Gualada»

Descendentes directos dos Black Sabbath, os Witchcraft conseguiram prender a audiência. Temas como «No Angel or Demon» ou «Queen of Bees» tiveram especial aprovação do público. Magnus Pelander conseguiu ainda arrancar algumas gargalhadas sempre que se referia ao nome do local onde estava a tocar, que segundo o guitarrista/vocalista se chamava Gualada. Ficou ainda a promessa do próprio de que os suecos tocam em Portugal no próximo ano. Resta esperar para saber se se concretiza.

Os Astra prepararam nada mais do que uma viagem pelo prog rock setentista. E conseguiram. Com teclados por vezes a lembrar uns Yes e com algumas linhas vocais a piscar o olho ao legado mais floydiano, conseguiram marcar pela positiva. Os temas longos não se tornaram maçudos ao vivo, pelo contrário, funcionaram mais como um novelo do qual não se tem pressa para encontrar a outra ponta.

Tocaram ainda os Mystic Frequency Worm, Causa Sui e os Viaje a 800, que mais uma vez revelaram ser a melhor banda do género em território espanhol.