Este sujeito foi enviado para o recinto do festival da mesma maneira que se envia um soldado para a guerra. Não sabe muito bem porque vai, mas tem que lá estar.
Que um jornalista não consiga ser imparcial é algo inerente à condição de humano que não podemos julgar, mas que um jornalista seja burro é algo que não podemos nem devemos tolerar.
Não há nada que explique a falta de sensibilidade por parte dos responsáveis que o destacaram para esta missão que para muitos seria um trabalho que pouco ou nada tem de penoso, muito pelo contrário.
Passando ao trabalho que saiu no JN.
Cristiano Pereira, alguém que nunca quero chamar de colega, por achar que não pertencemos à mesma classe, usou e abusou da sua falta de sabedoria para ridicularizar uma realidade que nitidamente não conhece. A falta de trabalho de campo e de pesquisa denuncia a sua falta de profissionalismo. Todos aqueles que estão minimamente a par do que se passa no mundo da música, mais propriamente da música mais pesada, sabem que este individuo vive noutro mundo muito diferente daquele que foi vivido por quem pagou bilhete para marcar presença no festival e não entrou com convite caído de pára- quedas.
Neste serviço de "desinformação" prestado por Cristiano impressionou-me a maneira como fala de artistas como Joe Satriani: Segundo as nossas contas, em Março de 1972, Joe Satriani tinha 16 anos. Foi nesse mês que a NASA lançou para o espaço a sonda Pioneer 10, o primeiro objecto construído pelo homem a sair para fora do sistema solar rumo a uma viagem sem retorno. Ora, importa levantar uma questão quem foi o responsável pelo facto de Satriani não ter embarcado na dita sonda?. Isto é ultrajante. O direito à liberdade de pensamento e de expressão não está a ser posto em causa por mim, apenas me indigna a ignorância deste homem!
Mais uma flagrante e imperdoável falta de conhecimento de alguém que prepara um trabalho deste género foi referir-se aos More than a Thousand desta forma: Desconhece-se se terão uma grande carreira pela frente. Todavia, caso a banda se dissolva, os seus membros terão futuro garantido como sonoplastas de filmes de terror ou de documentários sobre animais selvagens para a National Geographic. Alguém que informe este mentecapto de que os More than a Thousand (goste-se ou não) já têm uma carreira internacional! A juntar a isto um comentário de muito mau gosto: Os guitarristas abanavam o tronco e cabeça como se enxotassem abelhas alojadas no cerebelo. Mas o que é isto?!
Ao referir-se aos Men Eater diz isto: O vocalista não cantou - emitiu uns grunhidos num idioma imperceptível. O JN passou 17 minutos a tentar perceber se o homem adoptava a língua portuguesa, inglesa ou o aramaico. Infelizmente, não chegámos a qualquer conclusão e, como tal, pedimos desculpas aos nossos leitores. Aqui o que ele quer dizer traduzindo isto por miúdos é: "eu sou um calhau do caraças que nunca ouviu nada de música para além do que vai tocando no rádio do carro quando vou todo contente para o tacho que o meu tio me arranjou no JN a que eu chamo de trabalho" É importante sublinhar o poder que ele impõe a si mesmo referindo-se à sua pessoa como "O JN". De certa forma não deixa de ser verdade, o critério do jornal aqui é evidente, o que interessa é marcar presença e não cumprir o serviço com destaque.
O descalabro total foi a critica ao concerto dos Mastodon e dos Stone Sour: Dos Mastodon e Stone sour nem vale a pena falar pura banalidade. Lindo! Este gajo refere-se a um dos melhores concertos do dia, de uma das maiores promessas do metal dos últimos tempos como "banalidade". Quem lá esteve como eu viu e pode confirmar que os Mastodon deram um concerto irrepreensível a todos os níveis. Depois deste churrilho de disparates, apesar de não ter visto a actuação dos Stone Sour, não posso acreditar que aquilo que o "jornalista" diz seja verdade.
Por entre estes exercícios todos de parvalheira ainda houve tempo para inventar rótulos como electro-metal e para tentativas sucessivas a palhaço de circo rasca, atrelado na rua mais porca da vila.
Inadmissível um jornal com a dimensão do JN ter feito a cobertura de um evento com um cartaz deste calibre desta maneira! Um conselho, para a próxima se for para fazer este lindo serviço, não façam nada!
ler artigo de Cristiano Pereira aqui