Trips à moda do Porto

Deixamos aqui a notícia de um festival organizado pela Amplificasom e Lovers & Lollypops cujo nome "Trips à moda do Porto" é o escolhido entre os vários nomes que os participantes foram deixando no blogue e e-mail dos Amplificasom. Vai ser uma noite empolgante e completamente dinâmica.

"Dia 8 de Novembro a cidade do Porto vai ser iluminada pelo primeiro «Trips à moda do Porto», um festival muito especial que nasce da já profícua colaboração entre a Amplificasom e a Lovers & Lollypops, e que irá ocupar duas salas que se situam em lados opostos da mesma rua do centro da Invicta.

No Passos Manuel iniciamos a noite às 22h30 com os distintos sons acústicos emanados pelas doze cordas da guitarra de James Blackshaw, artesão singular do fingerpicking, e em seguida recebemos os Six Organs Of Admittance, a projecção folk-psicadélica de outro prodígio da guitarra, Ben Chasny, que demonstra o seu lado mais visceral nos Comets on Fire, tendo também já emprestado os seus talentos aos Current 93. Chasny não viaja sozinho, e por isso vamos poder sentir as várias texturas de drones e percussão que enriquecem o universo dos Six Organs. Quando a festa terminar no Passos Manuel, atravessaremos a rua até ao Maus Hábitos para continuarmos envolvidos em vibrações psicadélicas, na vertente mais sónica e crua dos Sic Alps, o duo Americano promete aumentar os níveis de intensidade com o emaranhado de reverb e fuzz que confunde o seu indescritível noise/garage-rock de propriedades purgativas. Para finalizar a noite em grande vamos acompanhar a viagem cósmica proporcionada pelo psicadelismo retro dos também Americanos, Wooden Shjips.

Os bilhetes para este evento único já se encontram à venda nas lojas Jojo's, Piranha, Louie Louie, Lost Underground e Piranha pelo preço de 12€ (venda antecipada) e 15€ (no dia). Também é possível efectuarem-se reservas para os seguintes endereços: amplificasom@gmail.com e loversandlollypops@gmail.com".

Zombie Walk Margem Sul

A "Zombie Walk Margem Sul" surgiu da iniciativa de uma estudante de Artes Plásticas, da Esad, nas Caldas da Rainha e este ano conta com a segunda edição, em Lisboa. A estudante "adorava que outras pessoas organizassem isto noutras cidades portuguesas". Ainda não temos nenhuma no Porto mas é uma parceria a considerar, já que neste dia seria bonito ver nas ruas do Porto pessoas caracterizadas de zombie e a comunicarem-se com grunhidos e gemidos, tal como aconteceu no ano passado em Lisboa.
O "Zombie Walk" é considerado "um movimento público organizado por um grupo de pessoas nas quais se vestem de zombies. Geralmente caminhando ou correndo por grandes centros urbanos, os participantes organizam uma rota através das ruas da cidade, passando por centros comerciais, parques e outros locais com grande movimento público". Ou seja, passa por ser uma referência aos filmes de horror representados na rua para dinamizar o dia de festa Halloween 2008.
Os interessados em participar podem confirmar a vossa presença em ekxtaktika@gmail.com

The Calm Blue Sea...

DR

Há dias atrás, obra do acaso, tropeço no álbum de estreia dos The Calm Blue Sea. O álbum auto-intitulado saiu em Agosto deste ano editado pela Waterloo Records.
Este quinteto de post rock do Texas não descobriu a nova fórmula para a originalidade, mas também não é apenas só mais uma banda do género.

Se dúvidas houver, o álbum pode ser ouvido integralmente no myspace oficial dos The Calm Blue Sea

Ephel Duath: novo álbum em Janeiro de 2009

DR

Os italianos Ephel Duath, que visitaram recentemente o nosso país, anunciaram o lançamento do quarto álbum, "Through my Dogs Eyes", para o dia 26 de Janeiro do próximo ano.

O conceito deste álbum, como o nome indica, parte da ideia de explorar a perspectiva do mundo vista pelos olhos de um cão.
Divo Tiso (guitarrista) explica: "Eu escrevi algumas histórias curtas e foi engraçado imaginar-me como um cão e a partir daí imaginar o mundo na sua perspectiva. O desafio foi transformar as palavras em letras."

O álbum será editado pela Earache Records.

Porcupine Tree no Sá da Bandeira

Foi à volta de duas horas e meia com dois encores, o concerto tão aguardado dos Porcupine Tree, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto. Já não via o teatro tão cheio de gente e sinceramente com um som tão potente e bem equalizado.
Perdi algum tempo à procura de lugar, subi os degraus e meti-me numa das "varandas", mas os seguranças não perderam muito tempo até abrirem a porta e expulsaram-me. Passado alguma correria à procura de lugar, porque proibiram que os lugares lá de cima fossem ocupados, lá consegui no meio de tanta gente ver qualquer coisa e com alguma sorte o Sr. que estava ao meu lado tinha uns binóculos, do melhor!
Steven Wilson como já era de esperar com o cabelinho cortado pelo queixo e óculos redondos inicia o concerto de guitarra acústica em punho. Foram momentos especiais que devemos guardar sempre que nos lembramos de bons concertos, a reunião de verdadeiros músicos, que souberam "fazer a festa". Algumas desafinações do John Wesley, era de esperar, porque o som estava realmente alto, alto mas não desagradável. O génio Gavin Harrison impressionou qualquer um com a sua vontade e inteligência rítmica.
As projecções não foram novidade para os que acompanham a "videografia" da banda, ouvimos "Way Out of Here", "Blakest Eyes", "Fear of a blank Planet", "Open Car", entre outras. Mas a "Trains" foi o ponto alto da noite e o vídeo que o comprove. Perdoem-me a qualidade mas foi com máquina fotográfica.
Steven prometeu que voltava a Portugal e a promessa fica garantida. Voltem, ainda soube a pouco.

Steven Wilson imparável

Por vezes não nos apercebemos que viveu na nossa década alguém que tentou mudar de alguma forma o mundo nesse mesmo presente, pelo meio da arte. Steven Wilson é uma dessas referências que não devemos perder de vista. Como sabemos, estará daqui a uns dias em Portugal para actuar em Lisboa e no dia seguinte no Porto, com os Porcupine Tree. O britânico está "metido" de cabeça no contexto musical já há uns largos anos e é um apaixonado pelo estilo progressivo setentista. É, também, considerado um produtor de calibre que por vezes encosta os dedinhos nas teclas para "preencher o som", como fez com os Opeth.

O músico imparável espeta-nos um trailer na página do seu primeiro trabalho a solo e diz-nos: "aguardem, que Insurgents vem aí". Um trailer simples, mas com uma grande sensibilidade visual. A página Steven Wilson Headquarters informa que brevemente vai ser possível encomendar o álbum.

Paralelamente vai ser lançado um documentário, realizado e editado por Lasse Hoile, que retrata a vida do melómano na estrada. Segundo o site criado recentemente, para divulgar os passos que "Insurgentes" a pouco e pouco vão avançando, o documentário, cujo título é homónimo do álbum, não só revela a dedicação que Steven tem à música e à arte como, de igual modo, transmite uma grande preocupação face ao mundo que descarta a inteligência e a cultura.

Declarações de Steven: "My fear is that the current generation of kids who're being born into this information revolution, growing up with the Internet, cell phones, iPods, this download culture, 'American Idol,' reality TV, prescription drugs, PlayStations — all of these things kind of distract people from what's important about life, which is to develop a sense of curiosity about what's out there.”

Neste sentido é importante encarar Steven como um artista inquieto que reconhece ser necessário alertar esta geração receptiva a conteúdos descartáveis e que levam à ruptura da essência do objecto álbum.

O documentário encontra-se em fase de produção e vai concorrer em alguns festivais de cinema no Verão de 2009. Podem ver aqui um dos trailers.

Só mais uma curiosidade, Steven dispôs a sua biblioteca de música, de Outubro:
1- George Harrison - Wonderwall Music
2 - Van Morrison - Inarticulate Speech of the Heart
3- Moody Blues - Days of Future Passed
4 - Frank Zappa - Bongo Fury
5 - Stomu Yamash'ta - Floating Music
6 - Andrew Liles / Daniel Menche - Progeny of Flies
7 - Gas - November 89
8 - Edward Ka-Spel - Dream Logik Part 2
9 - Supertramp - Crime of the Century
10 - Nocturnal Emissions - Lest We Forget

E bom concerto para todos. Em Vilar de Mouros, Porcupine Tree, soube muito, mas muito a pouco.

Bloodbath: The Fathemless Mystery

Não restam dúvidas que uma das maiores genialidades chama-se Bloodbath, projecto mais conhecido como a reunião de Mikael Akerfeldt e Martin Axenrot (Opeth), Erikson (ex 21 Lucifers), Jonas Renkse e Anders Nyström (Katatonia).
Agora o colectivo apresenta-nos no mini-site duas músicas que vão constar no novo "The Fathemless Mystery" que tem data prevista para a Europa no dia 6 de Outubro e 28 na América do Norte.
Podem aceder ao mini-site AQUI para fazerem o download de dois temas: "Slaughtering the Will to Live" e "Mock the Cross".